Evento Stock Car

Nota a comunidade

A Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) manifesta grande preocupação com a
condução do processo de organização do evento Stock Car em Belo Horizonte, prevista para
ocorrer no entorno do estádio Mineirão, em agosto do presente ano, sem que se tenha sido
estabelecido um amplo diálogo entre os organizadores e o poder público municipal com a
Administração da Universidade e a comunidade universitária, que tomou conhecimento dos
acordos pactuados para a realização do evento por meio da mídia.
Atenta às diversas manifestações contrárias à realização do evento na Pampulha, tanto da
comunidade universitária quanto dos moradores da região, a UFMG compartilha das
preocupações da sociedade em relação à discussão pública e aos impactos previstos na vida não
apenas das pessoas e animais da região, mas de toda a cidade de Belo Horizonte. Nesse sentido,
ressalta a inadequação do local proposto para um evento dessa natureza e a necessidade de se
considerar opções disponíveis.
A instituição tem ciência de que os impactos do evento na UFMG serão enormes, afetando
não apenas as unidades mais sensíveis, como a área hospitalar na qual se localiza o Hospital
Veterinário, os biotérios de criação de animais, a Estação Ecológica e o Centro Esportivo
Universitário, bem como todas as atividades de ensino, pesquisa e extensão da Universidade, além
de aspectos relacionados a acesso, desconforto, impacto ambiental, bem-estar dos animais e
deslocamento das pessoas.
Compreende ainda que faz parte de seu papel social e educacional pesquisar, analisar e
propor formas para garantir o direito de bem viver em um ambiente seguro e legalmente protegido
pelos mecanismos institucionais. A universidade estimula o diálogo e participação coletiva para
uma ação conjunta e solidária na busca de soluções compartilhadas pelos diversos agentes sociais.
Por isso, recebeu com estranheza e espanto o corte de 55 árvores no entorno do Mineirão, sem
qualquer aviso prévio ou diálogo, iniciado no dia de hoje, e cujo impacto ambiental para as
comunidades locais é imensurável.
A Universidade tem acompanhado, com enorme apreensão, o ainda incipiente debate
público em torno dessa pauta – sobretudo no aguardo do imperativo diálogo com o poder público
municipal, na expectativa de que as complexas questões como a preservação do meio ambiente,
do bem-estar, do acesso, da segurança e da limpeza da região sejam contempladas. Os alertas
emitidos pelas vozes da universidade e da cidade, já compartilhadas com a organização do evento
e com a Prefeitura de Belo Horizonte, precisam ser convertidos em respeito a essas vozes e em
ações concretas.
A UFMG reforça seu compromisso com sua comunidade e com a defesa dos valores que
construíram a história desta casa em seus quase 100 anos de vida. A Instituição permanecerá
atenta e vigilante, em busca de soluções que preservem o importante legado da região da
Pampulha e de nossa Universidade para a nossa cidade. Os interesses da Universidade e o bem estar
da nossa comunidade e da população de Belo Horizonte estão no centro de nossas
prioridades e esperamos que estejam, igualmente, na mente e nos corações daqueles a que cabem
as tomadas de decisões acerca deste tema.
Belo Horizonte, 28 de fevereiro de 2023.
Sandra Regina Goulart Almeida                                                   Alessandro Fernandes Moreira
Reitora                                                                                                    Vice-Reitor

Ongs e entidades que apoiaram a manifestação contra a venda de animais no Mercado Central:

Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA)
Liga de Prevenção a Crueldade contra o Animal
Sociedade Mineira Protetora dos Animais (SMPA)
Fórum Nacional de Defesa e Proteção Animal – (FNDPA)
Rock Bicho
Agência de Notícias de Direitos Animais (ANDA)
Bichos Gerais
Proteger
SOS Gatinhos do Parque
Asas e Amigos
Núcleo Fauna de Defesa Animal
Fofucinhos
Instituto Sammy Aram
Sociedade Galdina Protetora dos Animais e da Natureza de Caeté (SGPAN)
Aprova – Aliança Pró-Vida Animal
Castra BH
Vida Animal Livre
O Lobo Alfa Projeto
Gatinhos da Albita
BastAdotar
Direito Animal Brasil
Terra Vegana
Quintal Vegan

Papo de Quintal
Ativismo Vegano Minas Gerais
Ong Gavaaa – Arcos
Angels dos Pets – Associação de Proteção aos Animais de Urucânia
Nação Vegana
Bichinhos Protegidos de São José da Varginha e Pará de Minas
Missão Animal – Carmo da Cachoeira
Associação Sabarense Protetora dos Animais e da Natureza – (ASPAN)

“Mercado Central legal não vende animal”

Com o lema “Mercado Central legal não vende animal”, Adriana já fez várias representações junto ao Ministério Público e já organizou vários outros atos de protesto.

Só em 2023 Adriana fez duas representações: uma pela retirada dos animais em cumprimento à normativa do Ministério da Agricultura, e outra mais recente, em novembro.

Devido ao calor, ela questionou o Ministério Público, através de representação, sobre as condições dos animais que já viviam em situação de maus tratos antes mesmo das altas temperaturas e escreveu no Instagram do MMDA:

“Temperatura máxima, batendo recorde na história do Planeta Terra…

BH está PELANDO, quase 40°!!!

E como estão os animais aprisionados no CALABOUÇO DO MERCADO CENTRAL de Belo Horizonte? Agonizando até a morte ou até que algum financiador de tanto sofrimento vá lá comprá-los, COMO SE FOSSEM OBJETOS, pra serem mantidos sabe-se lá como, CASO SOBREVIVAM???

Não nos esqueçamos deles!

Eles imploram por socorro!

Você que COMPRA ANIMAIS vai continuar sendo o GRANDE FINANCIADOR deste CRIME CONTRA A VIDA de tantos inocentes e indefesos seres sencientes?”

MMDA tem histórico de manifestações na rua e de denúncias ao Ministério Público

Para Adriana Araújo, coordenadora do MMDA, a manifestação é mais uma na sequência de várias ações em muitos anos de luta do movimento para pôr fim ao comércio de animais no Mercado Central.

“É inadmissível que em pleno século 21 animais sejam tratados como coisas e sejam vendidos. Isso precisa acabar já, não só no Mercado Central mas em todos os lugares. Especificamente no Mercado há risco sanitário, risco de transmissão de doenças zoonóticas como a gripe aviária. Sem contar o desrespeito ao direito do consumidor com a venda de animais doentes e comprometimento da imagem do Mercado”, alertou a coordenadora do MMDA.

Deputada pede fim da violência contra os animais

Os ativistas se concentraram na praça Raul Soares e seguiram para o Mercado. A mobilização teve a presença da deputada federal Duda Salabert (PDT) que citou dados da OMS que comprovam que 100% das últimas pandemias foram de origem zoonótica.

“Estamos discutindo os direitos dos animais mas é mais que isso: estamos discutindo a saúde pública de Belo Horizonte. É impossível morar numa capital onde no seu coração há um mercado onde são vendidos seis mil animais”, denunciou Duda, ao pontuar que não se pode compactuar com a violência contra os animais.

“Não há coisa mais medieval que a venda de animais. Já existe uma lei em Belo Horizonte que proíbe o comércio de animais onde se vende comida, mas aqui não se respeita”, apontou a deputada ao falar que “não só o judiciário está envolvido nessa barbárie, mas também o legislativo e o executivo”.

“Essa mobilização foi a primeira, mas nós vamos repetir várias vezes, pelo menos uma vez por mês, vamos para a porta da Prefeitura, vamos para a porta da Assembleia porque essa luta aqui não é ideológica, é uma luta por saúde”, destacou Duda.

O ativista Franklin Oliveira apontou a convivência da Vigilância Sanitária, Zoonoses e Secretaria de Saúde de BH, além do judiciário.

“Estou na causa há 43 anos, quantas vezes entrei no Mercado com a Polícia Ambiental, Vigilância Sanitária, Ibama, IEF, fomos para a delegacia, Juizado Especial mas nada acontece! Os órgãos de fiscalização não agem nessa cidade, são todos coniventes e o que mais me deixa indignado é que membros da Justiça, juízes, desembargadores, policiais, coronéis, uma gama de autoridades frequenta o Mercado Central e nada fazem, nada fazem! E os animais morrem”, bradou Franklin ao lembrar que antes jogavam os animais mortos nas lixeiras no passeio do Mercado mas hoje não fazem mais isso.

 

Ativistas abraçaram o Mercado Central de BH pelo fim do comércio de animais.

”Não só o judiciário está envolvido nessa barbárie, mas também o legislativo e o executivo”, afirmou a deputada federal Duda Salabert no evento

Na noite de quarta-feira, 13 de dezembro, ativistas vestidos de preto, com velas, faixas e cartazes fizeram vigília e deram um abraço simbólico no Mercado Central de Belo Horizonte. Numa procissão em volta do Mercado eles gritaram palavras de ordem pelo fim do comércio de animais.

A ação foi mais uma das muitas que aconteceram ao longo dos últimos anos, lideradas pelo Movimento Mineiro pelos Direitos Animais (MMDA), que luta também pelo fim da venda de animais.

Ela ocorreu uma semana após uma grande ação do Ministério Público (MP) junto com 60 agentes da Polícia Civil, Conselho Regional de Medicina Veterinária (CRMV) e Secretaria Estadual de Meio Ambiente, resultado de diversas reclamações do MMDA e denúncias da população.

O MP ontem soltou um balanço das ações:

CEDA MPMG no Instagram

“Que forças ocultas insistem em manter esse comércio tão condenado? Estaremos aqui até que a última vítima seja retirada dessa masmorra”, anunciou Adriana Araújo, coordenadora do MMDA e da mobilização.

Feira de adoção!

Atenção!!!!

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Teremos feira de adoção no campus pampulha da UFMG e esperamos todos vocês para conhecerem nosso projeto e, possivelmente adotar um amiguinho para seu lar!!

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